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Inflação na capital baiana acelera para 1,38% e é a maior para o mês em 9 anos

A inflação de fevereiro na Região Metropolitana de Salvador (1,38%) ficou bem acima da de janeiro (0,38%), superou o índice nacional (1,31%) e foi a mais alta para o mês desde 2016, quando havia ficado em 1,41%

São Gonçalo Agora
Por: São Gonçalo Agora
12/03/2025 às 14h45

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medida oficial da inflação, calculado pelo IBGE, registrou importante aceleração (aumentou mais do que no mês anterior) e ficou em 1,38% na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Em janeiro, o IPCA na RMS havia sido de 0,38%.

Além disso, a inflação de fevereiro na RM Salvador foi a mais alta para este mês em nove anos, desde 2016, quando havia sido de 1,41%. Também ficou acima da registrada no Brasil como um todo (1,31%) e foi a 9º mais elevada entre os 16 locais pesquisados separadamente pelo IBGE.

Em fevereiro, todos esses locais tiveram aumentos de mais de 1,0% no IPCA, liderados pelos municípios de Aracaju/SE (1,64%) e Campo Grande/MS (1,62%) e pela Região Metropolitana de Curitiba/PR (1,55%).

Com o resultado de fevereiro, o IPCA da Região Metropolitana de Salvador acumula alta de 1,76% no ano de 2025. Está acima do índice nacional (1,47%) e é o 4º maior entre as 16 áreas, abaixo apenas de Aracaju/SE (2,24%), Brasília/DF (1,95%) e da Grande Vitória/ES (1,87%). No acumulado nos dois primeiros meses do ano, todos os locais pesquisados também registram aumentos médios de preços.

Nos 12 meses encerrados em fevereiro, a inflação na RM Salvador segue em aceleração (aumentando mais) pelo sétimo mês consecutivo e acumula alta de 5,37%. Continua acima da registrada no Brasil como um todo (5,06%) e é a 5ª mais elevada, num ranking liderado pela Região Metropolitana de Belo Horizonte/MG (5,77%), pelo município de São Luís/MA (5,67%) e por Brasília/DF (5,55%).

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O quadro a seguir mostra o IPCA para Brasil e áreas pesquisadas, no mês e nos acumulados no ano e nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2025.

Com altas em 5 dos 9 grupos, inflação de fevereiro na RMS foi puxada por habitação (5,30%, maior aumento desde julho/95) e educação (4,64%)

A inflação de fevereiro na Região Metropolitana de Salvador (0,38%) foi resultado de altas em cinco dos nove grupos de produtos e serviços que compõem o IPCA.

As despesas com habitação foram as que exerceram a principal pressão de alta no custo de vida na RM Salvador, com o maior aumento médio em fevereiro: 5,30%, a inflação mensal mais elevada para este grupo em quase 30 anos, desde julho de 1995, quando havia ficado em 5,75%.

O aumento foi fortemente influenciado pela energia elétrica, que teve alta de 17,38% em fevereiro, a mais intensa em quase sete anos, desde maio de 2018, quando havia ficado em 18,45%, e foi o item que individualmente mais puxou a inflação para cima na Região Metropolitana de Salvador.

Os aumentos de dois dígitos da energia registrados em todos os locais pesquisados pelo IPCA se deram principalmente em razão do fim da incorporação do Bônus de Itaipu, que tinha concedido descontos em faturas no mês de janeiro.

Também com alta significativa, o gás de botijão (2,41%) foi a segunda maior pressão inflacionária do grupo habitação, na RM Salvador.

Os preços do grupo educação tiveram o segundo maior aumento (4,64%) e exerceram a segunda influência mais forte na aceleração do IPCA do mês, na RMS.

É em fevereiro que o IBGE capta a maior parte dos aumentos das mensalidades escolares. Por isso os gastos com educação tradicionalmente têm impacto importante nos índices de inflação do mês (IPCA-15 e IPCA). Ainda assim, a alta em 2025 foi a menor em cinco anos, desde fevereiro de 2020, quando tinha ficado em 4,00%.

O aumento das mensalidades do ensino fundamental (7,90%) foi o segundo mais intenso, mas o que exerceu a principal pressão de alta no grupo educação e a segunda maior influência para cima no IPCA de fevereiro, na RMS. Também houve altas importantes no ensino médio (8,77%), na pré-escola (7,32%) e no ensino superior (1,47%).

Os preços do grupo alimentação e bebidas também seguiram aumentando de forma relevante em fevereiro, na RM Salvador (1,12%), com altas significativas de itens consumidos em casa como o café moído (18,92%, o 2º maior aumento no mês, dentre os 237 produtos e serviços pesquisados), o ovo de galinha (17,83%) e o pão francês (2,85%), entre outros.

Por outro lado, entre os quatro grupos com recuos nos preços, a queda nos transportes (-0,33%) foi a mais intensa e que mais contribuiu para evitar um aumento ainda maior da inflação de fevereiro na RM Salvador. As passagens aéreas foram as principais responsáveis por isso, com a deflação mais profunda entre todos os itens investigados pelo IPCA (-26,19%). 

 INPC da RM Salvador também acelera e fica em 1,50% em fevereiro

Em fevereiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) da Região Metropolitana de Salvador também teve forte aceleração e ficou em 1,50%, bem acima do 0,47% de janeiro e um pouco maior do que o verificado no Brasil como um todo (1,48%). O INPC mede a inflação das famílias com menores rendimentos.

No acumulado no primeiro bimestre de 2025, o índice da RMS está em 1,97%, também acima do nacional (1,48%) e o 2º maior entre os 16 locais pesquisados, abaixo apenas do registrado em Aracaju/SE (2,14%)

No acumulado dos 12 meses encerrados em fevereiro, o INPC da RM Salvador ficou em 5,28%, o 5º maior do país, superior ao do Brasil como um todo (4,87%).

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