A rainha Diambi Kabatusuila, monarca do povo Bakwa Luntu da República Democrática do Congo, visitou a Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira, no Recôncavo Baiano. Acompanhada pela prefeita Eliana Gonzaga, a monarca participou de um tour por locais de grande relevância histórica e cultural, reforçando os laços entre a ancestralidade africana e a identidade local.
A primeira parada foi na Fábrica Leite Alves (Suerdick), um marco do patrimônio industrial da região. Reconhecida pela produção de charutos, a fábrica teve um papel crucial na economia local e na geração de empregos ao longo das décadas. Durante uma visita, a rainha conheceu a história do local e acompanhou de perto o processo de fabricação dos produtos.
Em seguida, a comitiva batida para a Fábrica de Licor de Roque Pinto, renomada pela produção artesanal de licores. Recebida com entusiasmo, a monarca pôde compreender a relevância dessa tradição para a preservação cultural e a valorização das raízes afrodescendentes da região.
A visita foi concluída em dois espaços de profundo significado espiritual e histórico: a Igreja do Rosarinho e o Cemitério dos Negros. A igreja, fundada por irmãs negras no período colonial, simboliza a resistência e a devoção da comunidade afrodescendente. Já o cemitério preserva uma memória de antepassados que lutaram por reconhecimento e dignidade, sendo um local de homenagem e reflexão.
A presença da rainha Diambi em Cachoeira reafirma os laços históricos entre Brasil e África, enaltecendo a cultura e a ancestralidade que unem os dois povos.