O filme da diretora norte-americana Olivia Newman intitulado ‘Um Lugar Bem Longe Daqui’ (2022) é a aposta do crítico Andrés von Dessauer neste mês de julho no projeto ‘Cinema Comentado’. A sessão, com entrada gratuita, tem início às 19h desta sexta-feira (12) e ocorre no Auditório Juarez da Gama Batista, no Anexo I da Fundação Casa de José Américo FCJA, localizada à Avenida Cabo Branco, 3336, na orla da capital paraibana.
A obra é adaptada do livro homônimo da autora Delia Owens e conta a história de Kya Clark (Daisy Edgar-Jones), uma garota que foi abandonada por sua família e ficou conhecida pelos habitantes da cidade de Barkley Cove como a “Garota do Pântano”.
O filme segue duas linhas temporais: a primeira sobre as aventuras da pequena Kya nessa fictícia cidade da Carolina do Norte. Já a segunda é sobre a investigação do assassinato de um jovem local. A história acompanha o amadurecimento da moça criada pelos pântanos, na década de 1950, quando o figurão da cidade é encontrado morto. Ela é a principal suspeita do caso de assassinato.
Para Andrés, a obra é digna de Oscar pelo perfeito equilíbrio entre mistério e romance, além de ser um alívio para um cenário cinematográfico afogado de obras de fantasia. Ele expõe a falta de reconhecimento ao trabalho feminino no Oscar. O crítico enfatiza que, ao longo de 96 anos, apenas oito mulheres foram indicadas ao Oscar na categoria de Melhor Diretora e delas, só três levaram o troféu.
“A primeira diretora a ganhar foi Kathryn Bigelow, em 2010, com o filme ‘Guerra ao Terror’. Isso na 92ª edição do Oscar! Em seguida, foram premiadas as diretoras Chloé Zhao por ‘Nomadland’ (2020) e Jane Campion por ‘O Ataque dos Cães’ (2021). Olivia Newman foi claramente esnobada”, critica.
‘Um Lugar Bem Longe Daqui’ tem 125 minutos de duração e a classificação é de 14 anos.