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Nos prints compartilhados nas redes sociais, os integrantes do grupo combinam estupro. São frases como “bora logo meter o estupro” e “estupro não, sexo surpresa”. Há também afirmações racistas, como “tô querendo comprar um anão, acho que branco deve estar caro, um negro deve ser mais barato”.
Protestos foram realizados no campus, exigindo a expulsão dos alunos. Hoje, haverá roda de debate sobre o caso na instituição.
Para Frank Ned, professor e pesquisador de direito da Universidade de Brasília, o fato se enquadra em três situações: danos morais, violência contra a mulher e despreparo da universidade para tratar do caso. Segundo ele, as imagens de terceiro passadas sem autorização do dono se enquadra no crime de danos morais. A cogitação de cometer um estupro entra na esfera penal. “Muitas vezes, pessoas pensam que violência contra a mulher é só física, mas existe uma série de estudos norte-americanos mostrando que as mulheres que sofrem violência psicológica têm muito mais dificuldade de superar”, ressaltou.
Em nota, a UFRA disse repudiar as ações. A instituição frisou, porém, que “não cabe a esta universidade controlar os conteúdos exauridos por alunos em seus aparelhos telefônicos pessoais, mesmo não compactuando com tais conteúdos”. Depois, atualizou o comunicado enfatizando que tomará “todas as medidas necessárias para apurar disciplinarmente o ocorrido”.
Após registrarem o B.O., as estudantes denunciaram que receberam ameaças de ataques sexuais.